Rabdomiossarcoma paratesticular: relato de caso |
Eduardo Lopes, Marília Santos e Modesto Jacobino |
Universidade Federal da Bahia, Salvador – Bahia – Brasil. |
Endereço para correspondência: Eduardo J.A. Lopes – R. Altino Seberto de Barros, 241 – Ed. Memorial Itaigara – Salas 405/406 – CEP 41850-010 – Salvador – BA – Brasil – Telefax: 55 (71) 3351-7424 – E-mail: ejalopes@terra.com.br – Site: http://www.eduardolopes.med.br |
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Numeração de páginas na revista impressa: 115 e 116 Introdução Tumor de testículo na faixa etária pediátrica é raro, representando aproximadamente 1% a 2% de todas as malignidades nesse grupo(1). Seus tipos histológicos variam de acordo com a faixa etária: ao nascimento, teratomas maduros ou mistos; entre um e três anos, tumor de saco vitelino; e de três anos a puberdade, rabdomiossarcoma paratesticular e tumores de células de Leydig(2). Dos tumores não germinativos, o rabdomiossarcoma paratesticular constitui sua grande maioria(3), totalizando 12% de todos os tumores testiculares da infância(1), localizando-se preferencialmente em situação paratesticular (apenas 7% a 10% se localizam no testículo(2)). Sua incidência é de aproximadamente 1 por 20 milhões de homens por ano. Acredita-se que sua origem se dá a partir do mesênquima indiferenciado que mantém a capacidade de diferenciação rabdomioblástica ou, talvez, de tecido muscular embrionário que foi mal posicionado durante os estágios iniciais do desenvolvimento tecidual(3). Microscopicamente, o achado diagnóstico é a presença de rabdomioblastos. Os autores descrevem um caso de rabdomiossarcoma paratesticular em um adolescente de 14 anos e alertam para a necessidade do diagnóstico precoce das tumorações paratesticulares com testículo normal ao exame físico.
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Bibliografia |
1. Cakmak O, Karaman A, Cavusglu Y. H., et al.: Paratesticular rhabdomyosarcoma in a neonate. J Pediatr Surg 35(4):605-606, 2000. 2. Grapin C., Boyer C. Gruner M.: Les tumeurs du testicle de l’enfant. J. Urol. 100(1):8-16, 1994. 3. Stewart, L. H., Lioe T. F. and Johnston S. R.: Thirty-year review of intrascrotal rhabdomyosarcoma. Br. J. Urol 68:418-420, 1991. |