Numeração de páginas na revista impressa: 17 à 22
RESUMO
Em todo distúrbio menstrual anovulatório se deve investigar a presença da síndrome dos ovários policísticos (SOP). Uma fração importante dos casos de SOP apresenta hiperinsulinemia causada pela hiporresposta das células-alvo à insulina. O tratamento das pacientes hiperinsulinêmicas pela metformina ou seus análogos aumenta a sensibilidade à insulina e reduz a hiperinsulinemia. O tratamento está associado com a diminuição do nível de andrógenos e normalização das menstruações e ovulações, aumentando o índice de gravidez espontânea ou induzida em proporção significativa dos casos, com baixa ocorrência de eventos adversos.
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A SOP é uma síndrome causada por uma disfunção ovariana de etiologia ainda não inteiramente esclarecida que afeta 6% a 10% das mulheres em idade reprodutora. A inclusão das pacientes deverá basear-se na presença de dois dos três critérios seguintes: perturbações menstruais anovulatórias, hiperandrogenismo e ovários policísticos. Na investigação da SOP deverão ser afastadas entidades que também elevam os andrógenos e também apurar a existência de hiperinsulinemia.
Perturbações menstruais anovulatórias São uma das características fundamentais da síndrome. Uma fração importante, no mínimo 40% dos casos de SOP, apresenta hiperinsulinemia(3). Em 2003, o Consenso de Rotterdam da European Society of Human Reproduction and Embriology (ESHRE), em conjunto com a American Society for Reproductive Medicine (AMRS), com a finalidade de atualizar os conhecimentos da SOP, reavaliou os seus critérios diagnósticos (Tabela 1) (18). Hiperandrogenismo O hiperandrogenismo clínico ou bioquímico é um dos três critérios diagnósticos fundamentais, ao lado dos distúrbios da ovulação e ovários policísticos. Como muitos investigadores afirmam que os ovários de pacientes com SOP podem ser normais à ultra-sonografia e que mulheres normais podem apresentar os critérios ultra-sonográfico de ovários policísticos, é correto distinguir entre alterações da morfologia ovariana e distúrbios endócrinos da SOP.
Bioquimicamente, a maioria das pacientes com SOP evidencia hiperandrogenemia que pode representar um marcador hereditário de excesso androgênico(10).
Por outro lado, muitas pacientes não têm hiperandrogenemia. As duas razões mais freqüentes desse fato parecem ser a variabilidade e a imprecisão da metodologia laboratorial utilizada(22):
1. Omissão de andrógenos alterados; 2. Grande variabilidade na população normal; 3. Limites normais imprecisos; 4. Desconsideração da idade e do índice de massa corporal no estabelecimento dos limites normais;
5. A avaliação da hiperandrogenemia realizada após tratamentos hormonais pode ser prejudicada pela depressão residual após a descontinuação terapêutica. Apesar dessas limitações, a dosagem da testosterona livre é um dos métodos mais sensíveis para estabelecer a existência da hiperandrogenemia(8). Essa dosagem pode ser feita através das medidas da testosterona total e da globulina ligadora de hormônios sexuais. A dosagem isolada da testosterona total não é um marcador confiável da hiperandrogenemia. Algumas pacientes com SOP podem apresentar aumento isolado do sulfato de deidroepiandrosterona (SDHEA). O valor da dosagem da androstenediona ainda é controverso para estabelecer a hiperandrogenemia, parecendo estar mais elevada em pacientes com déficit de 21-hidroxilase do que na SOP(18).
Observações: Deve ser documentada a aplicação dos critérios diagnósticos e descrita nos artigos científicos para futura avaliação. A disfunção tireoidiana como causa de hiperandrogenismo não é significativa, porém dada a conveniência de rastear distúrbios funcionais da glândula pode-se dosar o TSH e a T4 livre. A dosagem de FSH e E2 é conveniente para afastar o hipogonadismo hiper ou hipogonadotrópico. A dosagem de PRL é necessária para comprovar e tratar uma hiperprolactinemia, apesar de muitas pacientes com SOP poderem apresentar níveis ao redor do limite superior da normalidade. É conveniente investigar a presença de resistência à insulina, sobretudo para orientar o tratamento adequado.
Ovários policísticos Na ausência dos outros dois critérios, ou seja, perturbações menstruais e hiperandrogenismo, os ovários policísticos devem ser considerados como um sinal e não uma doença(20).
Exclusão de doenças É fundamental excluir distúrbios relacionados (hiperplasia supra-renal congênita, tumores secretantes de andrógenos, síndrome de Cushing), inclusive a hiperprolactinemia, apesar de muitas pacientes hiperandrogênicas serem portadoras de níveis sangüíneos de PRL ao redor do limite superior da normalidade. Também é conveniente investigar a presença de resistência à insulina, sobretudo para orientar o tratamento adequado.
Hiperinsulinemia Nesse caso, o tratamento apropriado é reduzir os níveis circulantes de insulina. Esse objetivo pode ser alcançado pela redução do peso, se houver excesso, e administração de metformina ou seus análogos.
O tratamento com metformina
Dose Varia entre 500 e 2.550 mg/dia de metformina. A dose diária acima de 850 mg deve ser fracionada em duas ou três vezes. Idealmente, o tratamento deve ser prolongado indefinidamente porque a hiperinsulinemia é uma das âncoras da síndrome metabólica e acarreta maior risco de doença cardiovascular.
Efeito sobre o ciclo menstrual As menstruações tendem a normalizar com as ovulações. A medicação aumenta o índice de gravidez espontânea ou induzida por clomifeno ou gonadotropinas.
Efeito sobre a gravidez Metformina é um medicamento pertencente à categoria B, na qual estão incluídos os medicamentos que não aumentam a ocorrência de anomalias conceptivas acima do que é esperado em diabéticos. A eliminação pelo leite materno (0,28% da dose materna de 1500 mg/dia) está abaixo do limiar de 10%, preocupante em termos de aleitamento. Não há referência de eventos adversos neonatais(7).
O medicamento reduz de 73% para 10% o índice de perdas conceptivas no primeiro trimestre da gravidez. Uma das razões da redução do índice de perdas é a diminuição da hipofibrinólise e hiperatividade do inibidor do ativador do plasminogênio 1 (PAI-1, plasminogen activator inhibitor 1).
Eventos adversos Geralmente se traduzem por diarréia, náuseas e desconforto abdominal. A acidose láctica, que pode levar ao choque circulatório, é muito rara quando se respeita o limite máximo da dose (2.250 mg/dia). A mortalidade da acidose lática é de 50% e pode ocorrer em 5:100.000(7).
Critérios de exclusão do tratamento com metformina Doença hepática, história de hepatite por metformina (idiossincrasia), insuficiência cardíaca ou respiratória, alcoolismo e doença renal com creatina >1,4 (Tabela 2).
Fisiopatologia da hiperinsulinemia
Resistência à insulina É um estado metabólico caracterizado pela maior necessidade de insulina para obter uma resposta normal. A resistência à insulina determina maior secreção de insulina pelas células beta do pâncreas para manter uma hiperinsulinemia compensadora(3). Enquanto a hiperinsulinemia for capaz de vencer a resistência à insulina, a glicemia permanece normal. Se houver esgotamento das células beta se instala a insuficiência insulínica, responsável pela intolerância à glicose e diabetes mellitus tipo 2, o qual é apanágio da hiperinsulinemia associada à insuficiência das células beta.
Síndrome X Além do diabetes tipo II, outras anormalidades podem estar associadas com a resistência à insulina, o conjunto sendo conhecido como síndrome X(16). Atualmente, essa síndrome compreende resistência à insulina, hiperinsulinemia, dislipidemia (hipertrigliceridemia e diminuição do HDL-colesterol), aumento dos níveis plasmáticos de PAI-1, ácido úrico e fibrinogênio e se acompanha de alto risco de doença cardiovascular.
Associação com hiperandrogenismo A concomitância de hiperandrogenismo e diabetes mellitus já foi descrita em 1921, por Achard e Thiers(1). A comunidade médica somente foi alertada dessa associação em 1976, por Kahn et al.(9), que relataram a associação entre resistência à insulina, devido a defeito no receptor insulínico (Rins) e Acanthosis nigricans na sua etiopatogenia. A resposta excessiva da insulina à sobrecarga oral de glicose ocorre tanto em mulheres magras como obesas portadoras de SOP, que constituem cerca de 60% a 70% dos casos. As obesas com SOP têm níveis reativos de insulina superiores às obesas sem SOP, que comumente têm resistência à insulina. Um fato interessante é que a presença de resistência à insulina nem sempre é encontrada em pacientes magras, atribuindo-se o fato às diferenças étnicas, genéticas, nutricionais ou relativas ao estilo de vida(3). Um estudo apurou a presença de intolerância à glicose em 31,1% e diabetes tipo 2 em 7,5% em pacientes com SOP, contra 14% e 0% nos controles(10). Portanto, as pacientes com SOP são de alto risco para intolerância à glicose ou diabetes mellitus tipo 2. Quanto maior o grau de resistência à insulina nas pacientes com SOP, menor parece ser a probabilidade de ovulação espontânea e mais acentuada a perturbação menstrual(5).
Diagnóstico da resistência à insulina Pode ser realizado pela dosagem de insulina basal ou durante um teste de tolerância à sobrecarga oral de glicose (OGTT), GTT endovenoso, mas o padrão-ouro para o diagnóstico é o clampe hiperinsulinêmico euglicêmico(4). É importante lembrar que o OGTT é influenciado pela hora do dia, inatividade física, ingestão prévia de carboidratos ou álcool, e tempo de jejum. Mais recentemente foram descritos dois métodos mais simples para determinar a sensibilidade à insulina: HOMA (homeostatic model assessment) e QUICKI (quantitative insulin-sensitivity check index)(13,14).
O clampe hiperinsulinêmico euglicêmico mede a quantidade de glicose necessária para compensar um aumento da insulinemia sem causar hipoglicemia. A insulina é infundida por via venosa na dose de 0,06 U/kg peso/min. Para manter a glicemia entre 5 e 5,5 mmol/L é infundida glicose a 20%. A infusão de glicose é ditada pela determinação da glicemia a cada 5 minutos. A quantidade de glicose infundida por minuto nos últimos 30 min é a medida da sensibilidade à insulina. Se houver necessidade de infundir >7,4 mg/min, a paciente é sensível à insulina; se <4,1 mg/min, é resistente à insulina. Quantidades entre 4,1 e 7,4 mg/min podem indicar intolerância à glicose, estado inicial de resistência à insulina.
O índice HOMA fundamenta-se na insulinemia e glicemia de jejum, sendo calculada pela fórmula:
RI HOMA = GxI/22,5
sendo G = glicemia de jejum (mmol/L); I = insulinemia de jejum (UI/L); 22,5 = constante. Há resistência à insulina quando RI HOMA > 4,5, com excelente correlação com o clampe hiperglicêmico euglicêmico(13). O índice G/I é calculado pela fórmula:
G/I = glicemia de jejum/ insulinemia de jejum
Pode ser útil para rasteio de resistência à insulina em pacientes brancas obesas, mas não em magras, com SOP. Um índice G/I < 4,5 prediz resistência à insulina com sensibilidade de 95%, especificidade de 84%, valor preditivo positivo de 87% e valor preditivo negativo de 94%(19). Um índice baseado na circunferência abdominal e insulina de jejum parece predizer a sensibilidade à insulina determinada pelo clampe hiperinsulinêmico euglicêmico em pacientes com SOP com bastante acuracidade. Como deriva de uma população de pacientes com índices de massa corporal entre 17,6 e 37,4 kg/m2, o modelo pode ser aplicado para pacientes magras e obesas(15).
O grau de complexidade do teste a ser empregado para estabelecer a sensibilidade à insulina depende do objetivo do observador. No caso de pesquisa, é preferível o clampe hiperglicêmico euglicêmico. Para o clínico, bastam a insulina de jejum, OGTT com dosagem simultânea de insulina e os índices HOMA ou circunferência abdominal/insulina de jejum.
Patogenia da resistência à insulina
Basicamente, a hiperinsulinemia é devido à resistência à insulina causada por um defeito após a ligação do hormônio a seu receptor. A hiperinsulinemia acentua o efeito do hormônio sobre o sistema hipotálamo-hipófiso-ovariano. Esse efeito é demonstrado in vitro e in vivo em tecidos humanos e animais sem haver diferenças notáveis entre ambos.
Diminuição de atividade da serino-cinase ou tirosino-cinase Em nível molecular, a resistência à insulina na SOP pode ser devido a vários defeitos, mas principalmente a transdução defeituosa do sinal originado depois da ligação da insulina à porção extracelular do receptor, ativando a tirosinocinase da porção intracelular determinando a autofosforilação. Esse processo estimula a tirosinocinase no sentido de ativar proteínas intracelulares da família dos substratos do RIns (IRSs)(17,21). No caso da SOP, parece ocorrer a autofosforilação excessiva da serina do receptor, com elevação acentuada da subunidade fosfoserina que diminui a atividade cinase nos IRSs. Como a fosforilação da serina modula a atividade da enzima P450c17 que regula a biossíntese esteroidiana sexual, um único defeito genético comprometendo a serino-cinase, poderia ser a causa comum da resistência à insulina e produção excessiva de andrógenos(15).
O fato de que apenas 50% das pacientes com SOP com hiperinsulinemia apresentam aumento da fosfoserina do Rins informa que existem outros defeitos de transdução que produzem resistência à insulina, por exemplo, menor grau de autofosforilação da subunidade tirosina do Rins ovarianos(2).
Desaceleração dos processos metabólicos estimulados pela insulina Os IRSs ativados ligam e ativam outras proteínas, amplificando e diversificando o sinal gerado pelo acoplamento da insulina ao receptor, permitindo que o hormônio estimule a captação de glicose e aminoácidos, síntese de glicogênio, lipogênese e mitogênese. Na resistência à insulina da SOP existe desaceleração da maioria desses processos (a mitogênese não está comprometida), fato que estimula a secreção em excesso de insulina pelas células beta, necessário para normalizar a função insulínica. Como a ligação da insulina ao receptor depende parcialmente do ambiente hormonal e metabólico, resultam diferenças entre resultados de estudos em função do índice de massa corporal, nível de insulina e sensibilidade à insulina(15).
Figura 1 – Receptor de insulina, vias de sinalização do transporte de glicose e mecanismo hipotético de estimulação da esteroidogênese (Poretsky).
Razões do hiperandrogenismo O principal problema na SOP é explicar por que os ovários de mulheres com resistência à insulina retêm a sensibilidade à insulina e, portanto, respondem proporcionalmente em nível circulante de insulina. A via receptores de IGF-1 foi descartada porque a insulina somente se liga a esses receptores em níveis de hiperinsulinemia nunca alcançados na SOP. Na verdade, os defeitos de transdução não existem em todos os tecidos e a mediação da ação da insulina apresenta diferenças entre os tecidos. A Figura 1 representa a principal via de propagação do sinal insulínico após o acoplamento da insulina ao receptor. Primeiro é ativada a insulino-cinase. A seguir, são fosforiladas IRS-1 e IRS-2 e ativada a PI-cinase e translocados os transportadores GLUT da glicose para a membrana celular, estimulando a captação da glicose. Um sistema de sinalização alternativo pode envolver a geração de inositolglicano na membrana celular após o acoplamento da insulina ao receptor. O sistema de sinalização inositolglicano pode mediar a modulação das enzimas da esteroidogênese pela insulina(15).
A explicação da resposta dos ovários à insulina pode ser encontrada no aumento da produção de andrógenos. Com efeito, a hiperinsulinemia pode aumentar essa produção pela estimulação direta dos ovários através de outra via intermediária ou, indiretamente, pela estimulação da secreção de LH; inibição da produção de duas globulinas, a IGFBP e a SHBG; e, finalmente, pela estimulação da secreção androgênica das supra-renais.
A diminuição da produção da SHBG que traduz a ação hepática da insulina é útil para rastear os indivíduos com hiperinsulinemia(11). A diminuição da hiperinsulinemia determina aumento da SHBG e, conseqüentemente, diminuição dos efeitos clínicos do hiperandrogenismo, porque as concentrações de testosterona livre diminuem.
A estimulação direta dos ovários é feita principalmente pelas células tecais em que a insulina atua como co-gonadotropina na esteroidogênese, estimulando a proliferação celular e a produção de andrógenos. Ao mesmo tempo, com o FSH estimula os receptores do LH(3). In vivo, a infusão de insulina apresenta resultados discordantes, a razão sendo provavelmente o tempo de estudo, insuficiente para detectar o efeito real. Os estudos diminuindo a produção de insulina pela metformina e troglitazona são mais convincentes e mostra a diminuição dos andrógenos circulantes. A insulina e o LH parecem ser co-responsáveis pela formação de cistos foliculares. Nesse sentido, a diminuição da apoptose das células foliculares que reduz a atresia folicular, parece exercer um papel relevante. Na SOP, os níveis circulantes de insulina estão positivamente relacionados com o volume ovariano, observando-se que após a estimulação gonadotrópica o volume ovariano das pacientes com hiperinsulinemia é maior do que das pacientes com normoinsulinemia(6,12).
A insulina atua diretamente no cérebro e na hipófise, podendo estimular a produção de LH basal e estimulada pelo LH. O mesmo acontece nas supra-renais onde estimula as enzimas P450c17, 3-beta-HSD e 17beta-HSD, e inibe a 17,20-liase. A conseqüência desses eventos é a hiperandrogenemia.
A metformina pode atuar, independentemente do peso, em todos os níveis acima referidos (Tabela 3).
A obesidade a resistência à insulina – A hiperinsulinemia pode existir nas pacientes com SOP obesas ou magras. A diferença é que as obesas com são mais insulino-resistentes do que as magras. Os mecanismos ainda não estão esclarecidos, mas acredita-se que os ácidos graxos livres e o TNF-beta estejam envolvidos no comprometimento da ação celular da insulina(3).
Conclusões
Em todas as perturbações menstruais anovulatórias com sinais de hiperandrogenismo se deve investigar a existência de um quadro de hiperinsulinemia ligado a SOP. Nesta síndrome, a hiperinsulinemia é causada por uma condição patológica em que as células-alvo têm hiporresposta em níveis normais de insulina. Essa hiporresposta é de natureza molecular causada por mutações ou alterações pós-translacionais do Rins ou de moléculas efetoras a jusante. O medicamento de escolha nesse caso é a metformina ou os seus análogos que aumentam a eficiência do sinal metabólico desencadeado pela insulina. Destarte, aumenta a utilização da glicose, melhora o transporte intracelular da glicose, diminui a neoglicogênese hepática, diminui a liberação de ácidos graxos livres pelo tecido adiposo e diminui a insulinemia. A diminuição da insulinemia promove a redução do hiperandrogenismo e também a melhora das condições metabólicas das células ligadas à reprodução, resultando na normalização do ciclo menstrual e, conseqüentemente, do processo ovulatório.
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