Revistas Fase R003 Id Materia 4027






Revisão
As possíveis fontes fisiopatológicas da fibromialgia e suas importâncias como alvos para tratamento
The possible physiopathological sources of fibromyalgia and its importance as targets for treatment


Paulo Augusto Alambert
Professor titular de Reumatologia. Professor assistente da disciplina de Propedêutica. Membro do grupo de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas de Santos (Unilus). Professor assistente de Reumatologia da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes).
Lucas Ribeiro dos Santos
Rafael Costa Hime
Fernando Focaccia Povoa
Elimar Rodrigues Alexandre Filho
Faculdade de Ciências Médicas de Santos – Unilus.
Andréa Carla de Souza Contenças
Faculdade de Ciências da Saúde -Medicina – Unimes.
Endereços: UNILUS: Rua Oswaldo Cruz, 179 – CEP 11045-101 –
Boqueirão, Santos/SP – Brasil – Tel.: (13) 3221-3252. UNIMES: Rua
da Constituição, 374 – CEP 11015-904 – Vila Nova, Santos/SP –
Brasil – Tel.: (13) 3226-3400.

Trabalho realizado na Faculdade de Ciências Médicas de Santos
(Unilus) e Universidade Metropolitana de Santos (Unimes).

Endereço para correspondência: Lucas Ribeiro dos Santos. Rua
Comendador Alfaya Rodrigues, 180, CEP 11025-150 – Santos – SP
– E-mail: lrs1985@uol.com.br

Recebido para publicação em 08/2007. Aceito em 02/2008.

Copyright Moreira Jr. Editora. Todos os direitos reservados.

Indexado na Lilacs Virtual sob nº LLXP: S0034-72642009001900001

Unitermos: fibromialgia, fisiopatologia, inflamatório, neuroendócrino, NMDA.
Unterms: fibromyalgia, physiopathology, inflammatory, neuroendocrine, NMDA

Numeração de páginas na revista impressa: 3 à 10

Resumo


A fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dor difusa, fadiga e alterações do sono, além de diversos outros sintomas. Sua fisiopatologia permanece desconhecida, porém existem diversas hipóteses acerca de sua origem.

Inicialmente, discute-se a teoria da somatização, que tem como base a ocorrência de comorbidades com agravos psicológicos e psiquiátricos, tais como traumas e abusos na infância e síndrome do estresse pós-traumático. Posteriormente, discorre-se sobre a hipótese neurológica, baseada em alterações de fluxo e ativação cerebral encontradas em métodos diagnóstico de imagem é revista a teoria neuroendócrina, fundamentada em alterações dos níveis hormonais e de neurotransmissores a hipótese inflamatória, que se apoia em níveis alterados de citocinas plasmáticas e de biópsias de pele e, por fim, as alterações receptoriais que residem em um número alterado dos receptores NMDA, relevantes no processo de alodinia, evidencia-se a possível importância destas hipóteses como base terapêutica.

Introdução

A fibromialgia (FM) é uma síndrome de etiologia desconhecida, caracterizada por sintomas diversos, como fadiga intensa, dor músculo-esquelética difusa e maior sensibilidade em pontos localizados (chamados tender points), alterações do padrão de sono, cefaléia e rigidez(1) foi constatado também grande ocorrência de parestesias, dificuldades de memória, palpitações, tonturas, sensações de inchaço, dor torácica(2). Esta patologia tem uma prevalência de 2% na população geral, sendo que as mulheres são as mais atingidas, com uma taxa de 95% do total de pacientes atinge principalmente pessoas na faixa etária de 60 a 80 anos de idade, sendo que os índices de prevalência aumentam com a idade(3).

A importância desta síndrome é atestada por estudos que verificaram que tais pacientes são causas de gastos, com ajudas por deficiência e internações(4,5), sendo semelhantes a outras patologias crônicas como diabetes e hipertensão(6). Outros estudos demonstram que há uma associação com patologias que se apresentam como dor crônica generalizada (tal como a FM) e mortalidade a médio ou longo prazo(7).

A sua fisiopatologia remanesce desconhecida, porém diversas teorias têm sido exploradas e algumas delas serão discutidas ao longo desta revisão, sendo estas, alvos potenciais para estudos objetivando tratamentos.

Somatização versus base orgânica

Primariamente, foi sugerido que a FM seria um distúrbio funcional e psicológico e que seus sintomas seriam apenas resultados da somatização de um distresse(8,9) tal teoria tem base nos diversos estudos epidemiológicos que demonstraram que a dor crônica generalizada está comumente associada a distúrbios psicológicos, tais como baixa autoestima, hipocondria, ansiedade e outras medidas de distresse(10-12), transtorno bipolar, depressão maior, abuso de substâncias, transtornos ansiosos e alimentares e transtorno obsessivo-compulsivo(13,14) e fatores psicossociais(15,16) além disso, foi atestado que os pacientes com FM têm maiores taxas de traumas e abusos na infância, e ocorre grande comorbidade com o transtorno do estresse pós-traumático(17,18).

Por outro lado, estudos recentes demonstraram diversas alterações orgânicas, neuroendócrinas(19), de receptores(20), inflamatórias(21) e, através de alguns métodos de diagnóstico por imagem, foi possível constatar que existem padrões funcionais cerebrais anormais nesses pacientes(22,23).

Padrões anormais no fluxo e ativação cerebral

Estudos realizados através da tomografia emissora de fótons (SPECT) acharam diversas alterações no fluxo regional cerebral apesar de haver pequenas variações, os resultados são semelhantes entre si.

Por meio da SPECT foi possível observar um menor fluxo nos hemitálamos direito(24,25) e esquerdo(25), cabeças dos núcleos caudados esquerdo e direito(25), tegmento pontino inferior, núcleo lentiforme(24) e córtex frontal, do cíngulo, medial temporal e cerebelar(26).

Sabe-se que o tálamo é importante para a integração sensorial com o córtex, além disso, na lesão talâmica há o aparecimento de dores espontâneas e mal localizadas, além de um menor limiar para a dor, gerando dores intensas resultantes de pequenos estímulos(27), assim como ocorre na FM.

Os núcleos caudado e lentiforme compõem o corpo estriado, que está intimamente relacionado com o movimento e tônus muscular na sua lesão ocorre, além do tremor, a rigidez(28), que também é um comum achado na FM.

Na cefaleia crônica foi achado um menor nível de substância cinzenta no giro do cíngulo(29), portanto este sintoma, no âmbito de FM, pode ser causado pela hipoperfusão dessa região. Além disso, sabe-se que a região anterior do giro do cíngulo, a região medial temporal e o córtex frontal estão relacionados com a dor, sendo o córtex frontal relacionado com os aspectos discriminativos da dor e a região do cíngulo e temporal com os aspectos emocionais e cognitivos da dor(30,31) portanto a dor difusa e a reação do paciente fibromiálgico acerca desta, teriam relação com o baixo fluxo nessas regiões.

É sabido que o tegmento pontino é muito semelhante ao tegmento do mesencéfalo além disso é postulado que ambos os tecidos, através de um grupo de neurônios chamados de A7, geram analgesia e atonia(32,33) portanto o baixo fluxo no tecido pontino pode ser responsável pela dor difusa e crônica e a rigidez da FM.

Recentemente, foram achadas evidências de que o cerebelo possui receptores opioides kappa(34) e RNAm de receptores delta(35), apesar de não se saber a extensão de suas importâncias além disso também foram achados receptores a outras proteínas necessárias para a ação do CGRP(36,37), uma potente substância algógena e vasodilatadora. Portanto, a baixa perfusão cerebelar também iria causar uma dor prolongada, como a existente na síndrome em questão.

Através da SPECT também foi possível visualizar uma hiperperfusão do córtex somatossensorial, primário e secundário( 26) o córtex somatossensorial primário parece
estar relacionado com os aspectos discriminativos da dor, enquanto o secundário com aspectos cognitivos desta(30,38).

Através da ressonância magnética funcional (RMf) foi possível visualizar os padrões de ativação cerebrais de pacientes portadores de FM e compará-los com um grupo-controle viu-se então que os pacientes tinham um número de áreas ativadas maior que o grupo-controle(23) Cook et al. relataram áreas como o córtex insular, pré-frontal e anterior do cíngulo eram mais ativadas em pacientes do que no grupo-controle, tanto com estímulos dolorosos quanto não dolorosos(39). Estudos através da RMf e SPECT avaliaram a ativação cerebral de pacientes normais durante estímulos dolorosos esses estudos demonstraram que as áreas somatos-As possíveis fontes fisiopatológicas da fibromialgia e suas importâncias como alvos para tratamento RBM – Rev. Bras. Med. – Vol. 66 – Edição Suplementar – nº 2 – Abril/2009 5 sensoriais, insular e anterior do cíngulo são plenamente ativadas durante um processo doloroso(40-46). Portanto, todas alterações encontradas nos pacientes fibromiálgicos sustentariam a hipótese de que há, na FM, uma amplificação cortical ou subcortical da dor.

Além disso, hoje se sabe que o córtex insular e préfrontal tem relação com o ritmo cardíaco(47-50), portanto as alterações presentes no pacientes fibromiálgicos sustentariam ser responsáveis pelas palpitações referidas por esses.

Alterações neuroendócrinas

Esta é a hipótese mais bem estudada até o momento ela é baseada nas alterações encontradas em diversos eixos endócrinos e certos neurotransmissores(51-53). Apesar de estes eixos estarem obviamente interligados, este artigo irá estudá-los separadamente.

a. GH e IGF-1
O GH é um hormônio liberado pela adenoipófise e age através do IGF-1, cuja liberação é estimulada pelo GH. Estudos que mediram ambos os hormônios os encontraram diminuídos nos pacientes fibromiálgicos, quando comparados a grupos-controle(54-56). Porém não se sabe se isso seria a causa, ou uma consequência desta síndrome.

Sabe-se que o GH é largamente secretado durante as fases 3 e 4 do sono não REM, fases estas que se encontram alteradas na FM, com aumento de ondas alfa e diminuição do sono REM e de ondas lentas, caracterizando um padrão de sono não restaurativo(57-59).

Porém, os principais fatores que apontam para uma relação causal são os diversos sintomas em comum da deficiência do GH com a FM fraqueza muscular, redução do estado geral, dores musculares difusas decorrentes da diminuição da reparação de microtraumas e alterações
do humor são todos sintomas comuns a ambas as patologias(60-63). Além disso se viu que a administração de GH e seus secretagogos nos pacientes resultou numa melhora dos sintomas em geral e das medidas hormonais, demonstrando que talvez a falha seja em nível hipotalâmico, na secreção de GHRH(64-66).

b. Eixo hipotálamo-hipófise-adrenais
É plenamente conhecido que o hipotálamo, ao secretar CRH, estimula a hipófise a liberar ACTH que, por sua vez, estimula as adrenais a secretarem cortisol. Diversos estudos demonstraram que este eixo é pouco ativo nos pacientes fibromiálgicos.

Nestes pacientes é possível notar uma diminuição do cortisol plasmático e uma hipersecreção de ACTH, porém baixa de cortisol em resposta a administração de CRH(67-69). Isso indicaria uma falha do hipotálamo em secretar CRH, causando uma atrofia das adrenais, pela baixa secreção de ACTH pela hipófise(23).

As evidências que relacionariam a FM com baixos níveis de cortisol são alguns sintomas em comum como fadiga e dores musculares e articulares(19).

Além disso, também, foi descrito que estados crônicos de hipocortisolismo reduzem a secreção de GH em resposta ao GHRH(70).

c. Andrógenos
Os principais andrógenos presentes no corpo, tanto em mulheres como em homens, são o DHEA, secretado pelas adrenais e ovários e a testosterona secretada pelos testículos e transformado a partir do DHEA. Poucos estudos foram realizados correlacionando essas variáveis com a FM um estudo em particular apontou para baixos níveis de ambos os hormônios(71). Além disso, sabe-se que o IGF-1 é importante para liberação do DHEA.

Considerando as características anabólicas dos andrógenos, poderíamos relacionar indiretamente a FM com estados de hipoandrogenismo, por conta de sintomas em comum, tais como fadiga, diminuição da força muscular e dores musculares. Porém não foi realizado nenhum teste terapêutico.

d. Estrógeno
O estrógeno é secretado pelo ovário, após estimulação pelo FSH. Foi apontado que as mulheres com FM apresentam menores níveis de estrógeno e maiores níveis de FSH(72,73) além disso um estudo anotou um aparecimento da FM após uma precoce instalação da menopausa(74). Porém existem divergências quanto à importância dos hormônios sexuais na fisiopatologia da FM(75,76).

Além disso também é postulado que o estrógeno mantém relação com os níveis de serotonina e substância P(77-81), neurotransmissores relacionados com a dor assim, os baixos níveis de estrógeno causariam uma diminuição da ação da serotonina e aumento da substância P, alterando a sensibilidade dolorosa.

e. Serotonina e substância P
A serotonina é um neurotransmissor importante para
diversas funções corporais, tais como dor, sono, saciedade e humor. Diversos estudos apontaram para baixos níveis de serotonina, triptofano e 5-HT (precursores da serotonina) no líquido cefalorraquidiano (LCR) e plasma(82-84). Destas alterações vêm a explicação do por que os medicamentos que inibem a recaptação da serotonina melhoram os sintomas desta síndrome, não só as alterações de humor, mas também a percepção da dor(85-87). Sabe-se hoje que a serotonina guarda relações com o sono, induzindo as fases 3 e 4 do sono não REM, que, como já dito, estão alteradas. Além disso a melatonina, um metabólito da serotonina, é responsável pela indução do sono e por estimular a secreção de GH durante o sono. A ação antinociceptiva da serotonina se dá através da inibição da substância P, um potente algógeno. Portanto uma diminuição nos níveis de serotonina seria acompanhada por um aumento nos níveis de substância P, assim como foi achado em alguns estudos com pacientes fibromiálgicos(88-90). Este aumento de substância P causaria uma diminuição do limiar para dor e alterações do padrão de sono, gerando então um ciclo vicioso entre serotonina e substância P em relação ao sono.

f. Dopamina
A dopamina é outro importante neurotransmissor, exercendo funções na modulação da dor, afetividade e comportamento e motricidade. Alguns estudos comprovaram uma diminuição nos níveis de metabólitos dopaminérgicos no LCR(91,92) também foi possível, através da tomografia emissora de pósitron, visualizar uma menor atividade de sinapses dopaminérgicas(93). De fato, o tratamento da FM com drogas agonistas da dopamina, usadas para o Parkinson, demonstraram-se como uma possível alternativa(94,95), porém ainda são necessários maiores estudos. Essa menor atividade dopaminérgica levaria a vários sintomas da FM, tais como as alterações do humor, já que a dopamina age nesta função no sistema límbico dores difusas e menor limiar para esta, pois a dopamina age modulando a liberação de opioides endógenos e substância P e a rigidez, já que a dopamina age no corpo estriado, controlando a motricidade, e uma falha aqui levaria a este sintoma, como ocorre no Parkinson.

g. Hipometabolismo
A hipótese do hipometabolismo afirma que os principais sintomas da FM são devido a um hipotireoidismo ou uma resistência periférica aos hormônios tireoidianos. Alguns estudos comprovaram a existência de um menor metabolismo basal(96,97), alterações nos hormônios tireoidianos e eixo hipotálamo-hipófise-tireoide indicativas de hipotireoidismo(98-101), resistência periférica por alterações genéticas dos receptores tireoidianos(102) e associação à autoimunidade tireoidiana(103,104). De fato, diversos ensaios clínicos comprovaram que a terapia de reposição hormonal tireoidiana em pacientes fibromiálgicos induziu melhora dos sintomas(105-108).

Uma diminuição nos níveis dos hormônios tireoidianos iria causar um aumento de substância P, como já foi demonstrado em estudos usando tireoidectomia(107,109-112) então a terapia hormonal normalizou os níveis de substância P(112,113). Os hormônios tireoidianos também são responsáveis por aumentar a secreção de opioides, através da estimulação de neurônios noradrenérgicos que estimulariam então neurônios serotoninérgicos, aumentando a secreção de opiáceos(114-117) fazem isso através da regulação de enzimas participantes da síntese de noradrenalina (tirosina hidroxilase e dopamina beta-hidroxilase)(117-119), portanto esta poderia ser a razão dos baixos níveis dos metabólitos de noradrenalina, dopamina e serotonina encontrados no LCR de pacientes fibromiálgicos(84-86,91,92).

Um quadro de hipotireoidismo também causa diversos sintomas que se correlacionam com a FM: alterações do humor(108), redução do fluxo cerebral(120,121), distúrbios do sono(122,123) e baixos níveis de GH e IGF-1(124-126), além dos clássicos sintomas de dores musculares e articulares, baixa capacidade de exercício, rigidez, sensação de inchaço e fadiga.

Hipótese inflamatória – inflamação neurogênica
A FM é atualmente classificada como uma doença não inflamatória, porém alguns estudos atuais estão pondo em cheque tal definição. A procura por um papel inflamatório na fisiopatologia da FM iniciou-se quando se percebeu uma alta comorbidade com a hepatite crônica(
127-129).

Diversos autores pesquisaram os níveis de citocinas nos pacientes, porém os resultados são conflitantes e ainda confusos foi possível encontrar níveis aumentados de IL-8, IL-2 e receptor de IL-2 (IL-2 R)(21,130-133) e anticorpo antirreceptor de IL-1 (IL-1 RA)(21,134) plasmáticos nenhum desses estudos foram capazes de achar níveis alterados de IL-6, IL-1 ou Fator de Necrose Tumoral alfa (TNF-α). Porém, Wallace et al relataram maior produção de IL-6 e IL-1 RA por células mononucleares quando incubadas(21) e Maes et al. encontraram nível aumentado de receptor de IL-6 solúvel(134). Além disso Salemi et al. relataram níveis aumentados de IL-1β, IL-6 e TNF-α na pele de pacientes fibromiálgicos(135).

A IL-8 é um citocina pró-inflamatória relatada como indutora de dor simpática(136), enquanto a IL-1β, IL-6 e As possíveis fontes fisiopatológicas da fibromialgia e suas importâncias como alvos para tratamento TNF-α estão relacionados com hiperalgesia, depressão e fadiga(137,138) a IL-1 ß gera um aumento da secreção de substância P(139) que, por sua vez, aumenta a secreção de IL-8, IL-6, TNF-α e da própria IL-1β(140). O IL-1 RA é responsável por inibir esse processo(139,141) e, por isso, talvez seja produzido pelo sistema imune do paciente como resposta às demais alterações, assim como a IL-2, que possui papel imunorregulador(140,142), está relacionada com analgesia e opiáceos(143,144).

O papel das citocinas pró-inflamatórias na FM ficou mais evidente quando foi relatado um caso de duas irmãs com deficiência de alfa-1-antitripsina (α-1AT), uma substância com grande capacidade anti-inflamatória e FM
que, ao serem tratadas com infusões de α-1AT, obtiveram grande melhora dos sintomas(145).

Estranhamente, os estudos realizados com anti-inflamatórios não esteroides apontaram para uma ineficácia dessas drogas no combate à FM(146,147), que só se mostraram úteis quando usadas com outras classes de fármacos Schuq AS demonstrou uma eficácia do paracetamol combinado ao tramadol(148,149), enquanto Fossaluzza et al. demonstraram eficácia da combinação entre ibuprofeno e ciclobenzaprina(150). Hipótese dos receptores NMDA Foi estudado a expressão de receptores N-metil-Daspartato (NMDA), importantes no processo de dor, na pele de pacientes com fibromialgia, encontrando-se uma prevalência maior de tais receptores em paciente com fibromialgia do que em controles(20).

Pequenas doses de ketamina administradas a pacientes com fibromialgia foram efetivas, uma vez que a ketamina é um antagonista não competitivo dos receptores NMDA(151).

A ketamina também pode ser usada como diagnóstica para fibromialgia, administrada por via intravenosa ou possivelmente no tratamento quando aliada com um opioide fraco(152). Testando a eficácia de tratamento de pacientes com fibromialgia com morfina, lidocaína ou ketamina intravenosas, concluiu-se que os efeitos da ketamina foram mais efetivos nos pacientes com fibromialgia, o que leva a crer em uma relação entre a doença e receptores NMDA, já que a ketamina é um antagonista de NMDA(153.

Conclusão

A fibromialgia é uma síndrome com etiologia desconhecida, apesar das diversas hipóteses expostas nesta revisão. Existem evidências de alterações tanto sistêmicas quanto locais, portanto estudos continuados são necessários para avaliar a verdadeira importância destas teorias e seus papéis nesta doença.




Bibliografia
1. Bennet RM, Smythe HA, Wolfe F. Recognizing fibromyalgia. Patient Care.
1989 23:60-83.
2. Helfenstein M, Feldman D. Síndrome da fibromialgia: características clínicas
e associações com outras síndromes disfuncionais. Rev Bras Reumatol.
2002 Jan/Fev 42(1):8-14.
3. Wolfe F, Ross K, Anderson J, Russell IJ, Hebert L. The prevalence and characteristics
of fibromyalgia in the general population. Arthritis Rheum. 1995
Jan 38(1):19-28.
4. Wolfe F, Anderson J, Harkness D et al. A prospective, longitudinal,
multicenter study of service utilization and costs in fibromyalgia. Arthritis
Rheum 1997 40:1560-1570.
5. Wolfe F, Anderson J, Harkness D et al. Work and disability status of persons
with fibromyalgia. J Rheumatol 1997 24:1171-1178.
6. Doron Y, Peleg R, Peleg A, Neumann L, Buskila D. The clinical and economic
burden of fibromyalgia compared with diabetes mellitus and hypertension
among Bedouin women in the Negev. Fam Pract. 2004 Aug
21(4):415-9.
7. Macfarlane GJ, McBeth J, Silman AJ. Widespread body pain and mortality:
prospective population based study. BMJ. 2001 Sep 22 323(7314):662-
5.
8. Aronoff GM. Myofascial pain syndrome and fibromyalgia: a critical assessment
and alternate view. J Clin Pain. 1998 14:74-85.
9. McBeth J, Macfarlane GJ, Benjamin S, Silman AJ. Features of somatization
predict the onset of chronic widespread pain: results of a large population-
based study. Arthritis Rheum. 2001 Apr 44(4):940-6.
10. Croft P, Rigby AS, Boswel R, Schollum J, Silman A. The prevalence of chronic
widespread pain in the general population. J Rheumatol 1993,20:710-3.
11. Hunt IM, Silman AJ, Benjamin S, McBeth J, Macfarlane GJ. The prevalence
and associated features of chronic widespread pain in the community
using the “Manchester” definition of chronic widespread pain. Rheumatology
1999,38:275-9.12. White KP, Nielson WR, Harth M, Ostbye T, Speechley M. Chronic widespread
musculoskeletal pain with or without fibromyalgia: psychological
distress in a representative community adult sample. J Rheumatol. 2002
Mar 29(3):588-94.
13. Arnold LM, Hudson JI, Keck PE, Auchenbach MB, Javaras KN, Hess EV.
Comorbidity of fibromyalgia and psychiatric disorders. J Clin Psychiatry.
2006 Aug 67(8):1219-25.
14. Raphael KG, Janal MN, Nayak S, Schwartz JE, Gallagher RM. Psychiatric
comorbidities in a community sample of women with fibromyalgia. Pain.
2006 Sep 124(1-2):117-25.
15. Bergman S. Psychosocial aspects of chronic widespread pain and
fibromyalgia. Disabil Rehabil. 2005 Jun 17 27(12):675-83.
16. Brekke M, Hjortdahl P, Kvien TK. Severity of musculoskeletal pain: relations
to socioeconomic inequality. Soc Sci Med. 2002 Jan 54(2):221-8.
17. Weissbecker I, Floyd A, Dedert E, Salmon P, Sephton S. Childhood trauma
and diurnal cortisol disruption in fibromyalgia syndrome.
Psychoneuroendocrinology. 2006 Apr 31(3):312-24.
18. Raphael KG, Janal MN, Nayak S. Comorbidity of fibromyalgia and posttraumatic
stress disorder symptoms in a community sample of women.
Pain Med. 2004 Mar 5(1):33-41.
19. Gupta A., Silman A.: Psychological stress and fibromyalgia: a review of
evidence suggesting a neuroendocrine link. Arthritis Research and therapy,
6(3):98-106.
20. Kim SH, Jang TJ, Moon IS. Increased expression of N-methyl-D-aspartate
receptor subunit 2D in the skin of patients with fibromyalgia. J Rheumatol.
2006 Apr 33(4):785-8.
21. Wallace DJ, Linker-Israeli M, Hallegua D, Silverman S, Silver D, Weisman
MH. Cytokines play an aetiopathogenetic role in fibromyalgia: a hypothesis
and pilot study. Rheumatology. 2001 40:743-749.
22. Bradley LA, McKendree-Smith NL, Alberts KR, Alarcon GS, Mountz JM,
Deutsch G. Use of neuroimaging to understand abnormal pain sensitivity
in fibromyalgia. Curr Rheumatol Rep. 2000 Apr 2(2):141-8.
23. Gracely RH, Petzke F, Wolf JM, Clauw DJ. Functional magnetic resonance
imaging evidence of augmented pain processing in fibromyalgia. Arthritis
Rheum. 2002 May 46(5):1333-1343.
24. Kwiatek R,Barnden L,Tedman R,Jarrett R,Chew J,Rowe C,Pile K. Regional
cerebral blood flow in fibromyalgia: single-photon-emission computed
tomography evidence of reduction in the pontine tegmentum and thalami.
Arthritis Rheum. 2000 Dec 43(12):2823-33.
25. Mountz JM,Bradley LA,Modell JG,Alexander RW,Triana-Alexander, Aaron
LA,Stewart KE,Alarcon GS,Mountz JD. Fibromyalgia in women. Abnormalities
of regional cerebral blood flow in the thalamus and the caudate
nucleus are associated with low pain threshold levels. Arthritis Rheum.
1995 Jul 38(7):926-38.
26. Guedj E, Taieb D, Cammilleri S, Lussato D, de Laforte C, Niboyet J, Mundler
O. (99m)Tc-ECD brain perfusion SPECT in hyperalgesic fibromyalgia. Eur J
Nucl Med Mol Imaging. 2007 Jan 34(1):130-4.
27. Taber KH, Rashid A, Hurley RA. Functional Anatomy of Central Pain. J
Neuropsychiatry Clin Neurosci. 2001 Nov 13:437-440.
28. Gobbi LTB, Faria FP, Silveira CRA, Caetano MJD. Núcleos da base e controle
motor: aspectos neurofisiológicos e evidências experimentais. Rev Bras
Educ Fis Esp. 2006 Set 5(20):97-101.
29. Mathew NT. Tension-type headache. Curr Neurol Neurosci Rep. 2006 Mar
6(2):100-5.
30. Ploner M, Schnitzler A. Cortical representation of pain. Nervenarzt. 2004
Oct 75(10):962-9.
31. Zhang WT, Luo F, Han JS. Progress in the study of pain by brain imaging.
Sheng Li Ke Xue Jin Zhan. 2001 Jul 32(3):209-14.
32. Sukhotinsky I, Hopkins DA, Lu J, Saper CB, Devor M. Movement suppression
during anesthesia: neural projections from the mesopontine tegmentum
to areas involved in motor control. J Comp Neurol. 2005 Sep 5
489(4):425-48.
33. Bajic D, Proudfit HK. Projections of neurons in the periaqueductal gray to
pontine and medullary catecholamine cell groups involved in the modulation
of nociception. J Comp Neurol. 1999 Mar 15 405(3):359-79.
34. Herraez-Baranda LA, Carretero J, Gonzalez-Sarmiento R, Rodriguez RE.
Kappa opioid receptor is expressed in the rat cerebellar cortex. Cell Tissue
Res. 2005 May 320(2):223-8.
35. Ma W, Chabot JG, Powell KJ, Jhamandas K, Dickerson IM, Quirion R. Delta
opioid receptor localization in the rat cerebellum. Brain Res. 2002 Mar
22 931(1):100-5.
36. Ma W, Chabot JG, Powell KJ, Jhamandas K, Dickerson IM, Quirion R. Localization
and modulation of calcitonin gene-related peptide-receptor
component protein-immunoreactive cells in the rat central and peripheral
nervous systems. Neuroscience. 2003 120(3):677-94.
37. Morara S, Wimalawansa SJ, Rosina A. Monoclonal antibodies reveal expression
of the CGRP receptor in Purkinje cells, interneurons and astrocytes
of rat cerebellar cortex. Neuroreport. 1998 Nov 16 9(16):3755-9.
38. Shibasaki H. Central mechanisms of pain perception. Suppl Clin
Neurophysiol. 2004 57:39-49.
39. Cook DB, Lange G, Ciccone DS, Liu WC, Steffener J, Natelson BH. Functional
imaging of pain in patients with primary fibromyalgia. J Rheumatol.
2004 Feb 31(2):364-78.
40. Karen D. Davis, Chun L. Kwan, Adrian P. Crawley, and David J. Mikulis.
Functional MRI Study of Thalamic and Cortical Activations Evoked by Cutaneous
Heat, Cold, and Tactile Stimuli. J Neurophysiol 1998 Sept 80(3):
1533-1546.
41. Friedman DP, Murray EA. Thalamic connectivity of the second somatosensory
area and neighboring somatosensory fields of the lateral sulcus of
the macaque. Com Neurol. 1986 252:348-373.
42. Raussel E, Jones EG. Chemicaly distinct compartments of the thalamic
VPM nucleus in monkeys relay principal and spinal trigeminal pathways to
different layers of the somatosensory cortex. J Neurosci. 1991 11:226-
237.
43. Shi T, Apkarian AV. Morphology of thalamocortical neurons projecting to
the primary somatosensory cortex and their relantionship to spinalthalamic
terminal in the squirrel monkey. J Comp Neurol. 1995 361:1-24.
44. Coghill RC, Talbot JD, Evans AC, Meyer E, Gjedde A, Bushnell MC, Duncan
GH. Distributed processing of pain and vibration by the human brain. J
Neurosci. 1994 14:4095-4108.
45. Jones AK, Brown WD, Friston KJ, Qi LY, Frackowiak RS. Cortical and subcortical
localization of response to pain in man using positron emission
tomography. Proc R Soc Lond B Biol Sci. 1991 244:39-44.
46. Ploghaus A, Tracey I, Gati JS, Clare S, Menon RS, Matthews PM, Rawlins
JN. Dissociating pain from its anticipation in the human brain. Science.
1999 284:1979-1981.
47. Resstel LB, Correa FM. Involvement of the medial prefrontal cortex in central
cardiovascular modulation in the rat. Auton Neurosci. 2006 Jun 30
126-127:130-8.
48. Oppenheimer S. Cerebrogenic cardiac arrhythmias: cortical lateralization
and clinical significance. Clin Auton Res. 2006 Feb 16(1):6-11.
49. Oppenheimer SM, Gelb A, Girvin JP, Hachinski VC. Cardiovascular effects
of human insular cortex stimulation. Neurology. 1992 Sep 42(9):1727-
32.
50. Resstel LB, Correa FM. Pressor and tachycardic responses evoked by microinjections
of L-glutamate into the medial prefrontal cortex of
unanaesthetized rats. Eur J Neurosci. 2005 May 21(9):2513-20.
51. Crofford LJ, Engleberg NC, Demitrack MA. Neurohormonal perturbations
in fibromyalgia. Baillieres Clin Rheumatol. 1996 May 10(2):365-78.
52. Adler GK, Manfredsdottir VF, Creskoff KW. Neuroendocrine abnormalities
in fibromyalgia. Curr Pain Headache Rep. 2002 Aug 6(4):289-98.
53. Russell IJ. Advances in fibromyalgia: possible role for central neurochemicals.
Am J Med Sci. 1998 Jun 315(6):377-84.
54. Bennet RM, Cook DM, Clarck SR, Campbell SM, Burckhardt CS.
Hipothalamic-Pituitary-Insulin like growth factor 1 axis disfunction in patients
with fibromyalgia. J Rheumatol. 1997 24:1384-1389.
55. Leal-Cerra A, Povedano J, Astorga R, Gonzalez M, Silva H, Garcia-Pesquera
F, Casanueva F, Dieguez C. The growth hormone releasing hormone (GH)
– GH – Insulin Like growth factor 1 axis in patients with fibromyalgia syndrome.
J Clin Endocrinol Metab. 1999 84:3378-3381.
56. Ferracioli G, Guerra P, Rizzi V, Baraldo M, Salaffi F, Furlanut M, Bartoli E.
Somatomedin C (insulin growth factor 1) levels decrease during acute
changes of stress related hormones. Relevance for fibromyalgia. J
Rheumatol. 1994 21:2125-2130
57. Branco J, Atalaia A, Paiva T. Sleep cycles and alpha-delta sleep in
fibromyalgia syndrome. J Rheumatol. 1994 Jun 21(6):1113-7.
58. Harding SM. Sleep in fibromyalgia patients: subjective and objective findings.
Am J Med Sci. 1998 Jun 315(6):367-76.
59. Roizenblatt S, Moldofsky H, Benedito-Silva AA, Tufik S. Alpha sleep characteristics
in fibromyalgia. Arthritis Rheum. 2001 Jan 44(1):222-30.
60. Wallymahmed ME, Baker GA, Humphris G, Dewey M, MacFarlane IA. The
development, reliability and validity of a disease specific quality life model
for adults with growth hormone deficiency. Clin Endocrinol (Oxf). 1996
44:403-411.
61. Cuneo RC, Solomon F, McGauley GA, Sonksen PH. The growth hormone
deficiency syndrome in adults. Clin Endocrinol (Oxf). 1992 37:387-397.
As possíveis fontes fisiopatológicas da fibromialgia
e suas importâncias como alvos para tratamento
RBM – Rev. Bras. Med. – Vol. 66 – Edição Suplementar – nº 2 – Abril/2009 9
62. Ayuk J, Sheppard MC. Growth hormone and its disorders. Postgrad Med
J. 2006 Jan 82(963):24-30.
63. Florini JR. Hormonal control of muscle growth. Muscle nerve. 1987 10:577-
598.
64. Bennett RM, Clark SC, Walczyk J. A randomized, double-blind, placebocontrolled
study of growth hormone in the treatment of fibromyalgia.
Am J Med. 1998 Mar 104(3):227-31.
65. Shuer ML. Fibromyalgia: symptom constellation and potential therapeutic
options. Endocrine. 2003 Oct 22(1):67-76.
66. Leal-Cerro A, Povedano J, Astorga R, Gonzalez M, Silva H, Garcia-esquera
F, Casanueva FF, Dieguez C. The growth hormone (GH)-releasing hormone-
GH-insulin-like growth factor-1 axis in patients with fibromyalgia syndrome.
J Clin Endocrinol Metab. 1999 Sep 84(9):3378-81.
67. Crofford LJ, Pillemer SR, Kalogeras KT, Cash JM, Michelson D, Kling MA,
Sternberg EM, Gold PW, Chrousos GP, Wilder RL. Hypothalamic-pituitaryadrenal
axis perturbations in patients with fibromyalgia. Arthritis Rheum.
1994 Nov 37(11):1583-92.
68. Griep EN, Boersma JW, Lentjes EG, Prins AP, van der Korst JK, de Kloet ER.
Function of the hypothalamic-pituitary-adrenal axis in patients with
fibromyalgia and low back pain. J Rheumatol. 1998 Jul 25(7):1374-1381.
69. Griep EN, Boersma JW, de Kloet ER. Altered reactivity of the hypothalamic-
pituitary-adrenal axis in the primary fibromyalgia syndrome. J
Rheumatol. 1993 Mar 20(3):469-474.
70. Giustina A, Romanelli G, Candrina R, Giustina G. Growth hormone deficiency
in patients with idiopathic adrenocorticotropin deficiency resolves
during glucocorticoid ment. J Clin Endocrinol Metab 1989 68:120-
4.
71. Dessein PH, Shipton EA, Joffe BI, Hadebe DP, Stanwix AE, Van der Merwe
BA. Hyposecretion of adrenal androgens and the relation of serum adrenal
steroids, serotonin and insulin-like growth factor-1 to clinical features
in women with fibromyalgia. Pain. 1999 Nov 83(2):313-9.
72. Riedel W, Layka H, Neeck G. Secretory pattern of GH, TSH, thyroid hormones,
ACTH, cortisol, FSH, and LH in patients with fibromyalgia syndrome
following systemic injection of the relevant hypothalamic-releasing
hormones. Z Rheumatol. 1998 57 Suppl 2:81-7.
73. El Maghraoui A, Tellal S, Achemlal L, Nouijai A, Ghazi M, Mounach A,
Bezza A, Derouiche el M. Bone turnover and hormonal perturbations in
patients with fibromyalgia. Clin Exp Rheumatol. 2006 Jul-Aug 24(4):428-
31.
74. Waxman J, Zatzkis SM. Fibromyalgia and menopause. Examination of the
relationship. Postgrad Med. 1986 Sep 15 80(4):165-7, 170-1.
75. Okifuji A, Turk DC. Sex hormones and pain in regularly menstruating
women with fibromyalgia syndrome. J Pain. 2006 Nov 7(11):851-9.
76. Macfarlane TV, Blinkhorn A, Worthington HV, Davies RM, Macfarlane GJ.
Sex hormonal factors and chronic widespread pain: a population study
among women. Rheumatology (Oxford). 2002 Apr 41(4):454-7.
77. Kugaya A, Epperson CN, Zoghbi S, van Dyck CH, Hou Y, Fujita M, Staley
JK, Garg PK, Seibyl JP, Innis RB. Increase in prefrontal cortex serotonin 2A
receptors following estrogen treatment in postmenopausal women. American
Journal of Psychiatry 2003 160: 1522-4.
78. McQueen JK, Wilson H, Fink G. Estradiol-17 beta increases serotonin transporter
(SERT) mRNA levels and the density of SERT-binding sites in female
rat brain. Brain Res Mol Brain Res. 1997 Apr 45(1):13-23.
79. Lu NZ, Eshleman AJ, Janowsky A, Bethea CL. Ovarian steroid regulation of
serotonin reuptake transporter (SERT) binding, distribution, and function
in female macaques. Mol Psychiatry. 2003 Mar 8(3):353-60.
80. Aloisi AM. Gonadal hormones and sex differences in pain reactivity. Clin J
Pain. 2003 May-Jun 19(3):168-74.
81. E R Brown, K A Roth, J E Krause. Sexually dimorphic distribution of substance
P in specific anterior pituitary cell populations. Proc Natl Acad Sci U
S A. 1991 February 15 88(4): 1222–1226.
82. Schwarz MJ,Offenbaecher M, Neumeister A, Ewert T, Willeit M, Praschak-
Rieder N, Zach J, Zacherl M, Lossau K, Weisser R, Stucki G, Ackenheil M.
Evidence for an altered tryptophan metabolism in fibromyalgia. Neurobiol
Dis. 2002 Dec 11(3):434-42.
83. Yunus MB, Dailey JW, Aldag JC, Masi AT, Jobe PC. Plasma tryptophan and
other amino acids in primary fibromyalgia: a controlled study. J Rheumatol.
1992 Jan 19(1):90-4.
84. Russell IJ, Vipraio GA, Acworth I. Abnormalities in the central nervous
system metabolism of tryptophan to 3-hydroxy kyneurenine in fibromyalgia
syndrome. Arthrits Rheum. 1993 36:222
85. Miller LJ, Kubes KL. Serotonergic agents in the treatment of fibromyalgia
syndrome. Ann Pharmacother. 2002 Apr 36(4):707-12.
86. Sayar K,Aksu G, Ak I, Tosun M. Venlafaxine treatment of fibromyalgia.
Ann Pharmacother. 2003 Nov 37(11):1561-5.
87. Arnold LM,Lu Y, Crofford LJ, Wohlreich M, Detke MJ, Iyengar S, Goldstein
DJ. A double-blind, multicenter trial comparing duloxetine with placebo
in the treatment of fibromyalgia patients with or without major depressive
disorder. Arthritis Rheum. 2004 Sep 50(9):2974-84.
88. Vaeroy H, Helle R, Forre O, Kass E, Terenius L. Elevated CSF levels of substance
P and high incidence of Raynaud phenomenon in patients with
fibromyalgia: new features for diagnosis. Pain. 1988 Jan 32(1):21-6.
89. Russell IJ, Orr MD, Littman B, Vipraio GA, Alboukrek D, Michalek JE, Lopez
Y, MacKillip F. Elevated cerebrospinal fluid levels of substance P in patients
with the fibromyalgia syndrome. Arthritis Rheum. 1994 Nov 37(11):1593-
601.
90. Bradley LA, Alberts KR, Alarcon GS, Alexander MT, Mountz JM, Weigent
DA, Lin HG, Blalock JE, Aaron LA, Alexander RW, San Pedro EC, Martin
MY, Morell AC. Abnormal brain regional cerebral blood flow (rCBF) and
cerebrospinal fluid (CSF) levels of substance P in patients and non patients
with fibromyalgia (FM). Arthritis Rheum. 1996 Suppl 9:212.
91. Russell IJ, Vaeroy H, Javors M, Nyberg F. Cerebrospinal fluid biogenic amine
metabolites in fibromyalgia/fibrositis syndrome and rheumatoid arthritis.
Arthritis Rheum. 1992 May 35(5):550-6.
92. Legangneux E, Mora JJ, Spreux-Varoquaux O, Thorin I, Herrou M, Alvado
G, Gomeni C. Cerebrospinal fluid biogenic amine metabolites, plasmarich
platelet serotonin and (3H)imipramine reuptake in the primary
fibromyalgia syndrome. Rheumatology (Oxford). 2001 Mar 40(3):290-6.
93. Patrick B. Wood , James C. Patterson II, John J. Sunderland, Kerrie H.
Tainter, Michael F. Glabus and David L. Lilien. Reduced Presynaptic Dopamine
Activity in Fibromyalgia Syndrome Demonstrated With Positron Emission
Tomography: A Pilot Study. J Pain 2007 Jan 8(1):51-8.
94. Holman AJ, Myers RR. A randomized, double-blind, placebo-controlled
trial of pramipexole, a dopamine agonist, in patients with fibromyalgia
receiving concomitant medications. Arthritis Rheum. 2005 Aug
52(8):2495-505.
95. Holman AJ. Treatment of fibromyalgia with the dopamine agonist
ropinirole: a 14-week double-blind pilot randomized controlled trial with
14-week blinded extension. American College of Rheumatology meeting
San Antonio, TX Oct 16-21, 2004 Abstract 1870.
96. Lowe JC, Yellin J, Honeyman-Lowe G. Female fibromyalgia patients: lower
resting metabolic rates than matched healthy controls. Med Sci Monit.
2006 Jul 12(7):CR282-9.
97. Lowe, J.C., Honeyman, G., and Yellin, J.: Lower resting metabolic rate and
basal body temperature of fibromyalgia patients compared to matched
healthy controls. Thyroid Science. 2006 1(8):1-18.
98. Lowe JC. Thyroid status of 38 fibromyalgia patients: implications for the
etiology of fibromyalgia. http://www.drlowe.com/jcl/biojcl.htm Clinical
Bulletin of Myofascial Therapy. 1997 2(1):47-64.
99. Lowe JC, Honeyman GS, Yellin J. Thyroid status of fibromyalgia patients.
Clinical Bulletin of Myofascial Therapy. 1998 3(1):47-53.
100. Neeck G, Riedel W: Thyroid function in pacients with fibromyalgia syndrome.
J Rheumatol. 1992 19: 1120-1122.
101. Ferraccioli G, Cavalieri F, Salaffi F et al: Neuroendocrinologic findings in
primary fibromyalgia (soft tissue chronic pain syndrome) and in other
chronic rheumatic conditions (rheumatoid arthritis, low back pain). J
Rheumatol. 1990 17: 869-873.
102. Lowe JC, Cullum ME, Graf LH Jr, Yellin J. Mutations in the c-erbA beta 1
gene: do they underlie euthyroid fibromyalgia? Med Hypotheses. 1997
Feb 48(2):125-35.
103. Ribeiro LS, Proietti FA. Interrelations between fibromyalgia, thyroid autoantibodies,
and depression. J Rheumatol. 2004 Oct 31(10):2036-40.
104. Pamuk ON, Cakir N. The frequency of thyroid antibodies in fibromyalgia
patients and their relationship with symptoms. Clin Rheumatol. 2007 Jan
26(1):55-9.
105. Lowe, J.C., Garrison, R.L., Reichman, A.J., and Yellin, J.: Triiodothyronine
(T3) treatment of euthyroid fibromyalgia: a small-N replication of a doubleblind
placebo-controlled crossover study (abstract). Clin. Bull. Myofascial
Ther. 1997 3(14):23-24.
106. Lowe, J.C. Results of an open trial of T3 therapy with 77 euthyroid female
fibromyalgia patients. Clin. Bull. Myofascial Ther. 1997 2 (1):35-37.
107. Teitelbaum J, Bird B, Greenfield RM et al. Effective treatment of CFS and
FMS: a randomized, double-blind placebo controlled study. J. Chron. Fatigue
Synd., 8(2):3-28, 2001.
108. Mennemeier M, Garner RD, Heilman KM. Memory, mood and measurement
in hypothyroidism. J Clin Exp Neuropsychol. 1993 Sep 15(5):822-31.
Alambert, P.A. et al.
10 RBM – Rev. Bras. Med. – Vol. 66 – Edição Suplementar – nº 2 – Abril/2009
109. Jonassen JA, Mullikin-Kilpatrick D, McAdam A, Leeman SE. Thyroid hormone
status regulates preprotachykinin-A gene expression in male rat
anterior pituitary. Endocrinology. 1987 Oct 121(4):1555-61.
110. Jones PM, Ghatei MA, Wallis SC, Bloom SR. Differential response of neuropeptide
Y, substance P and vasoactive intestinal polypeptide in the rat
anterior pituitary gland to alterations in thyroid hormone status. J
Endocrinol. 1994 Nov 143(2):393-7.
111. Savard P, Merand Y, Bedard P, Dussault JH, Dupont A. Comparative effects
of neonatal hypothyroidism and euthyroidism on TRH and substance P
content of lumbar spinal cord in saline and PCPA-treated rats. Brain Res.
1983 Oct 31 277(2):263-8.
112. Savard P, Blanchard LM, Merand Y, Bedard P, Dussault JH, Dupont A. Influences
of both thyroid and bovine growth hormones on substance P, thyrotropin-
releasing hormone, serotonin and 5-hydroxyindoleacetic acid
contents in the lumbar spinal cord of developing rats. Brain Res. 1984
Mar 315(1):105-10.
113. Dupont A, Dussault JH, Rouleau D, DiPaolo T, Coulombe P, Gagne B,
Merand Y, Moore S, Barden N. Effect of neonatal thyroid deficiency on
the catecholamine, substance P, and thyrotropin-releasing hormone contents
of discrete rat brain nuclei. Endocrinology. 1981 Jun 108(6):2039-
45.
114. Hammond DL. Control systems for afferent processing: the descending
inhibitory pathways. In: Yaksh TL, ed. Spinal afferent processing. New york:
Plenum Press. 1986 363-390.
115. Dubner R, Bennett GJ. Spinal and trigeminal mechanisms of nociception.
Annu Rev Neurosci. 1983 6:381-418.
116. Archer T, Jonsson G, Minor BG, Post C. Noradrenergic-serotonergic interactions
and nociception in the rat. Eur J Pharmacol. 1986 Jan 29
120(3):295-307.
117. de Lonlay A, Blouquit MF, Valens M et al. Tyrosine hydroxylase and dopamine
â-hydroxylase inductions evoked by reserpine in the superior cervical
ganglion of developing eu- and hypothyroid rats. J Auton Nerv Syst. 1991
36:33-38.
118. Claustre J, Balende C, Pujol JF. Influence of the thyroid hormone status on
tyrosine hydroxylase in central and peripheral catecholaminergic structures.
Neurochem Int. 1996 Mar 28(3):277-81.
119. Mano T, Sakamoto H, Fujita K, Makino M, Kakizawa H, Nagata M, Kotake
M, Hamada M, Uchimura K, Hayakawa N, Hayashi R, Nakai A, Itoh M,
Kuzuya H, Nagasaka A. Effects of thyroid hormone on catecholamine and
its metabolite concentrations in rat cardiac muscle and cerebral cortex.
Thyroid. 1998 Apr 8(4):353-8.
120. Constant EL, de Volder AG, Ivanoiu A, Bol A, Labar D, Seghers A, Cosnard
G, Melin J, Daumerie C. Cerebral blood flow and glucose metabolism in
hypothyroidism: a positron emission tomography study. J Clin Endocrinol
Metab. 2001 Aug 86(8):3864-70.
121. Nagamachi S, Jinnouchi S, Nishii R, Ishida Y, Fujita S, Futami S, Kodama T,
Tamura S, Kawai K. Cerebral blood flow abnormalities induced by transient
hypothyroidism after thyroidectomy – analysis by tc-99m-HMPAO
and SPM96. Ann Nucl Med. 2004 Sep 18(6):469-77.
122. Kales A, Heuser G, Jacobson A, Kales JD, Hanley J, Zweizig JR, Paulson MJ.
All night sleep studies in hypothyroid patients, before and after treatment.
J Clin Endocrinol Metab. 1967 Nov 27(11):1593-9.
123. Kales JD, Kales A. Nocturnal psychophysiological correlates of somatic
conditions and sleep disorders. Int J Psychiatry Med. 1975 6(1-2):43-62.
124. Schmid C, Zwimpfer C, Brandle M, Krayenbuhl PA, Zapf J, Wiesli P. Effect
of thyroxine ment on serum IGF-I, IGFBP-3 and the acid-labile subunit
in patients with hypothyroidism and hypopituitarism. Clin Endocrinol
(Oxf). 2006 Dec 65(6):706-11.
125. Laron Z. Interactions between the thyroid hormones and the hormones of
the growth hormone axis. Pediatr Endocrinol Rev. 2003 Dec 1 Suppl 2:244-
9-discussion 250.
126. Cabello G, Wrutniak C. Thyroid hormone and growth: relationships with
growth hormone effects and regulation. Reprod Nutr Dev. 1989 29(4):387-
402.
127. Lovy MR, Starkebaum G, Uberoi S: Hepatitis C infection presenting with
rheumatic manifestations: a mimic of rheumatoid arthritis. J Rheumatol.
1996 23: 979-83.
128. Rivera J, De Diego A, Trinchet M, Garcia Monforte A: Fibromyalgia associated
hepatitis C virus infection. Br J Rheumatol. 1997 36:981-85.
129. Buskila D, Shnaider A, Neumann L et al: Musculoskeletal manifestations
and autoantibody profile in 90 hepatitis C virus infected Israeli patients.
Semin Arthritis Rheum. 1998 28:107-13.
130. Gur A, Karakoc M, Nas K, Remzi, Cevik, Denli A, Sarac J. Cytokines and
depression in cases with fibromyalgia. J Rheumatol. 2002 Feb 29(2):358-61.
131. Gur A,Karakoc M,Erdogan S,Nas K,Cevik R,Sarac AJ. Regional cerebral
blood flow and cytokines in young females with fibromyalgia. Clin Exp
Rheumatol. 2002 Nov-Dec 20(6):753-60.
132. Wallace DJ, Bowman RL, Wormsley SB, Peter JB. Cytokines and immune
regulation in patients with fibrositis. Arthritis Rheum. 1984 32:1334-1335.
133. Hader N, Rimon D, Kinarty A, Lahat N. Altered interleukin-2 secretion in patients
with fibromyalgia syndrome. Arthritis Rheum 1991 34:866-72.
134. Maes M, Libbrecht I, Van Hunsel F, Lin AH, De Clerck L,Stevens W, et al.
The immune-inflammatory pathophysiology of fibromyalgia: increased
serum soluble gp130, the common signal transducer protein of various
neurotrophic cytokines. Psychoneuroendocrinology. 1999 May 24(4):371-
83.
135. Salemi S,Rethage J, Wollina U, Michel BA, Gay RE, Gay S,Sprott H. Detection
of interleukin-1beta (IL-1beta), IL-6, and tumor necrosis factor-alpha
in skin of patients with fibromyalgia. J Rheumatol. 2003 Jan 30(1):146-
50.
136. Cunha FQ, Lorenzetti BB, Poole S, Ferreira SH. Interleukin-8 as a mediator
of sympathetic pain. Br J Pharmacol. 1991 Nov 104(3):765-7.
137. Wichers M, Maes M. The psychoneuroimmuno-pathophysiology of
cytokine-induced depression in humans. Int J Neuropsychopharmacol. 2002
Dec 5(4):375-88.
138. Junger H, Sorkin LS. Nociceptive and inflammatory effects of subcutaneous
TNFalpha. Pain. 2000 85:145-151.
139. Malcangio M, Bowery NG, Flower RJ, Perretti M. Effect of interleukin-1
beta on the release of substance P from rat isolated spinal cord. Eur J
Pharmacol. 1996 Mar 28 299(1-3):113-8.
140. Suzuki, H., T. M. Kundig, C. Furlonger, A. Wakeham, E. Tomms, T.
Matsuyama, R. Schmits, J. J. L. Simard, P. S. Ohashi, H. Griesser, et al.
Deregulated T cell activation and autoimmunity in mice lacking interleucin-
2 receptor β. Science. 1995 268:1472.
141. Cuesta MC, Quintero L, Pons H, Suarez-Roca H. Substance P and calcitonin
gene-related peptide increase IL-1-beta, IL-6 and TNF-alpha secretion
from human peripheral blood mononuclear cells. Neurochem Int. 2002
40:301–306.
142. Sadlack B, Löhler J, Schorle H, Klebb G, Haber H, Sickel E, et al. Generalized
autoimmune disease in interleukin-2-deficient mice is triggered by
an uncontrolled activation and proliferation of CD4+ T cells. Eur. J. Immunol.
1995 Nov 25(11):3053-9.
143. Jiang CL, Xu D, Lu CL, Wang YX, You ZD, Liu XY. Interleukin-2: structural
and biological relatedness to opioid peptides. Neuroimmunomodulation.
2000 8(1):20-4.
144. Jiang CL. A new domain of interleukin-2 and its analgesic effect in central
nervous system. Sheng Li Ke Xue Jin Zhan. 1996 Apr 27(2):143-5.
145. Blanco LE, de Serres FJ, Fernandez-Bustillo E, Kassam DA, Arbesu D,
Rodriguez C, Torre JC. alpha1-Antitrypsin and fibromyalgia: new data in
favour of the inflammatory hypothesis of fibromyalgia. Med Hypotheses.
2005 64(4):759-69.
146. Yunus MB, Masi AT, Aldag JC. Short term effects of ibuprofen in primary
fibromyalgia syndrome: a double-blind, placebo controlled trial. J
Rheumatol. 1989 16:527-32.
147. Clark S, Tindall E, Bennett RM. A double blind crossover trial of prednisone
versus placebo in the treatment of fibrositis. J Rheumatol. 1985
12:980-3.
148. Lautenschlager J. Present state of medication therapy in fibromyalgia syndrome.
Scand J Rheumatol Suppl. 2000 113:32-6.
149. Schug SA. Combination analgesia in 2005-a rational approach: focus on
paracetamol-tramadol. Clin Rheumatol. 2006 25(1):16-21.
150. Fossaluzza V, De Vita S. Combined therapy with cyclobenzaprine and
ibuprofen in primary fibromyalgia syndrome. Int J Clin Pharmacol Res.
1992 12(2):99-102.
151. Wood PB. A reconsideration of the relevance of systemic low-dose ketamine
to the pathophysiology of fibromyalgia. J Pain. 2006 Sep 7(9):611-4.
152. Henriksson KG, Sorensen J. The promise of N-methyl-D-aspartate receptor
antagonists in fibromyalgia. Rheum Dis Clin North Am. 2002 May
28(2):343-51.
153. Sorensen J, Bengtsson A, Backman E, Henriksson KG, Bengtsson M. Pain
analysis in patients with fibromyalgia. Effects of intravenous morphine,
lidocaine, and ketamine. Scand J Rheumatol. 1995 24(6):360-5