Summary
As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no Brasil, sendo a doença coronária sua maior representante. O infarto do miocárdio, a manifestação clínica inicial em 40% dos pacientes, causou 56 mil mortes em 1997, segundo o DATASUS. Outras conseqüências graves do infarto do miocárdio são a insuficiência cardíaca e as arritmias ventriculares, ambas fortemente relacionadas à extensão do infarto.
Os infartos no território do ramo interventricular anterior da coronária esquerda são geralmente mais extensos e apresentam maior propensão ao desenvolvimento de aneurisma do ventrículo esquerdo (VE). Vários estudos demonstraram que essa é uma complicação precoce e pode ser detectado já na primeira semana após o infarto. Contudo, o diagnóstico de certeza só pode ser feito mais tardiamente para evitar-se a fase de miocárdio atordoado, que geralmente persiste por uma semana, mas que pode durar até três semanas. Assim, sua definição, além de incluir a presença de abaulamento diastólico regional do VE que se expande ou permanece acinético na sístole, deve ocorrer fora da fase aguda do infarto.
Os aneurismas geralmente se acompanham de piores frações de ejeção e maior prevalência de arritmia ventricular. Ambos marcadores de maior mortalidade, inclusive por morte súbita Essa maior mortalidade, contudo, não foi diretamente atribuída aos aneurismas por si só, mas também à disfunção global do ventrículo esquerdo presente nesses casos.
O tratamento cirúrgico está indicado em pacientes com sintomas importantes de insuficiência cardíaca congestiva, grandes aneurismas, aumento de ventrículo esquerdo e arritmias ventriculares complexas.
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