Aderência ao tratamento ambulatorial do hipertenso atendido com crise hipertensiva |
Compliance with outpatient treatment by the hypertensive patient seen in the throes of a hypertension crisis |
Sandro Gonçalves de Lima |
Mestre em Medicina Interna – UFPE. Médico intensivista do HC-UFPE. Médico cardiologista do Hospital Universitário Oswaldo Cruz – UPE. |
Edgar Guimarães Victor |
Professor titular de Cardiologia da UFPE. |
Maria de Fátima P. M. de Albuquerque |
Pesquisadora titular do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães / Fiocruz. Professora adjunta do Departamento de Medicina Clínica da UFPE. |
Luciana Simões do Nascimento Cândido Nobre dos Santos Filho |
Estudantes do Curso de Graduação em Medicina. |
Endereço para correspondência: Rua André Cavalcanti, 45 – apto. 1702 – Parnamirim – CEP 52060-090 – Recife – PE – Tel.: (81) 3268-8421 – E-mail: sandrolima@cardiol.br Recebido para publicação em 01/2005. Aceito em 02/2005. |
Unitermos: hipertensão arterial sistêmica, aderência, tratamento. |
Unterms: systemic arterial hypertension, compliance, treatment. |
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Sumário Objetivo: Avaliar o tratamento ambulatorial dos pacientes hipertensos, atendidos em emergência com crise hipertensiva. Método: Foram avaliados 100 pacientes atendidos no setor de emergência cardiológica do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC-UPE) com crise hipertensiva. Foram coletados dados relativos ao diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica (HAS), tratamento farmacológico e não farmacológico (dieta hipossódica, dieta hipocalórica, prática regular de exercícios físicos e tabagismo). Foram aferidos o peso, a altura e os níveis tensionais. Resultados: Dos pacientes, 71 (78%) faziam uso de anti-hipertensivos. Dentre esses, 38 (53,5%) foram considerados aderentes ao tratamento farmacológico. Os níveis de PAS, PAD e pressão arterial média dos aderentes (187,5; 103,8; 131,7 mmHg) e dos não aderentes (189,0; 106,4; 134,0 mmHg) à admissão foram semelhantes (p= 0,76; 0,63; 0,36). A maioria (38/53,5%) usava apenas um anti-hipertensivo para controle dos seus níveis tensionais. Entre os aderentes, o aumento do número de anti-hipertensivos não reduziu a taxa de aderência. Não houve diferença quanto ao sexo, idade, raça e índice de massa corpórea entre aderentes e não aderentes. Os aderentes tinham um tempo de diagnóstico de HAS maior que os não aderentes (p= 0,01). Em 22 (30,9%) pacientes a posologia dos anti-hipertensivos foi considerada inadequada. Quanto ao tratamento não farmacológico, 72% dos pacientes faziam dieta hipossódica, 18% cumpriam dieta hipocalórica, 19% faziam exercícios físicos regulares e 79% não fumavam. Apenas 2% dos indivíduos seguiam as quatro medidas e 44% seguiam duas, das quatro. Os indivíduos aderentes a mais de duas medidas não farmacológicas eram mais idosos (p=0,038) e tinham um tempo de diagnóstico de HAS maior (p=0,002) que aqueles que seguiam até duas das medidas. Conclusões: Os indivíduos da casuística estudada, atendidos com crise hipertensiva, em sua maioria, faziam uso de monoterapia para o controle de seus níveis tensionais, são pouco aderentes ao tratamento farmacológico e não farmacológico da HAS e uma parcela significativa usavam suas medicações em posologia inadequada. Os hipertensos com maior tempo de diagnóstico foram os mais aderentes ao tratamento. |
Sumary Objective: To assess the outpatient treatment of hypertensive patients seen in an emergency department in the throes of a hypertension crisis. Method: One hundred patients suffering from a hypertension crisis seen at the cardiological emergency sector of Oswaldo Cruz University Hospital, University of Pernambuco, were selected. Data were collected on the diagnosis of systemic arterial hypertension (SAH), drug and nondrug treatment (low-sodium diet, low-calorie diet, regular physical exercise and no smoking). Weight, height and tension levels were measured. Results: Seventy-one (78%) patients were taking antihypertensives. Of these, 38 (53.5%) were regarded as complying with drug treatment. The systolic, diastolic and mean blood pressure levels of the compliers (187.5, 103.8 and 131.7 mmHg) on admission were similar to those of the noncompliers (p=0.76, 0.63 and 0.36). The majority (38/3.5%) were taking only one antihypertensive to control their tension levels. Among the compliers, the increase in the number of antihypertensives did not reduce the rate of compliance. There were no differences relating to gender, age, race or body mass index between the compliers and noncompliers. The compliers had been diagnosed with SAH for longer than the noncompliers (p=0.01). In 22 (30.9%) patients the dosage of the antihypertensives was considered inappropriate. With regard to nondrug treatment, 72% of the patients were on a low-sodium diet, 18% on a low-calorie diet, 79% did regular physical exercise and 79% were nonsmokers. Only 2% of the subjects practised all four measures and 44% practised two of the four. The individuals complying with more than two of the nondrug measures were older (p=0.038) and had been diagnosed with SAH longer (p=0.002) than those complying with up to two. Conclusions: The majority of the individuals in the present study seen in the throes of a hypertension crisis were taking a single drug to control their tension levels and showed a low compliance with drug or nondrug treatment for their SAH, while a significant proportion of them were taking their medication in inappropriate doses. The hypertensives who had been diagnosed the longest were the ones who complied most assiduously with the treatment. |
Numeração de páginas na revista impressa: 87 à 92 RESUMO Objetivo: Avaliar o tratamento ambulatorial dos pacientes hipertensos, atendidos em emergência com crise hipertensiva. Método: Foram avaliados 100 pacientes atendidos no setor de emergência cardiológica do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC-UPE) com crise hipertensiva. Foram coletados dados relativos ao diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica (HAS), tratamento farmacológico e não farmacológico (dieta hipossódica, dieta hipocalórica, prática regular de exercícios físicos e tabagismo). Foram aferidos o peso, a altura e os níveis tensionais. Resultados: Dos pacientes, 71 (78%) faziam uso de anti-hipertensivos. Dentre esses, 38 (53,5%) foram considerados aderentes ao tratamento farmacológico. Os níveis de PAS, PAD e pressão arterial média dos aderentes (187,5; 103,8; 131,7 mmHg) e dos não aderentes (189,0; 106,4; 134,0 mmHg) à admissão foram semelhantes (p= 0,76; 0,63; 0,36). A maioria (38/53,5%) usava apenas um anti-hipertensivo para controle dos seus níveis tensionais. Entre os aderentes, o aumento do número de anti-hipertensivos não reduziu a taxa de aderência. Não houve diferença quanto ao sexo, idade, raça e índice de massa corpórea entre aderentes e não aderentes. Os aderentes tinham um tempo de diagnóstico de HAS maior que os não aderentes (p= 0,01). Em 22 (30,9%) pacientes a posologia dos anti-hipertensivos foi considerada inadequada. Quanto ao tratamento não farmacológico, 72% dos pacientes faziam dieta hipossódica, 18% cumpriam dieta hipocalórica, 19% faziam exercícios físicos regulares e 79% não fumavam. Apenas 2% dos indivíduos seguiam as quatro medidas e 44% seguiam duas, das quatro. Os indivíduos aderentes a mais de duas medidas não farmacológicas eram mais idosos (p=0,038) e tinham um tempo de diagnóstico de HAS maior (p=0,002) que aqueles que seguiam até duas das medidas. Conclusões: Os indivíduos da casuística estudada, atendidos com crise hipertensiva, em sua maioria, faziam uso de monoterapia para o controle de seus níveis tensionais, são pouco aderentes ao tratamento farmacológico e não farmacológico da HAS e uma parcela significativa usavam suas medicações em posologia inadequada. Os hipertensos com maior tempo de diagnóstico foram os mais aderentes ao tratamento. Introdução Os estudos de prevalência da hipertensão arterial sistêmica (HAS) no Brasil são restritos a determinadas cidades ou grupos populacionais e seus resultados variam de 14% a 47,9%(1,2). O controle adequado da HAS ainda é precário no Brasil e em outros países(1,3-7). Apenas um em cada oito pacientes hipertensos é adequadamente tratado(8). O uso irregular de medicação anti-hipertensiva e o tratamento inadequado são apontados como fatores que mais substancialmente contribuem para a falta de controle da HAS e para ocorrência das crises hipertensivas(6,9,10). A adesão ao tratamento tem sido definida como o cumprimento, pelo paciente, da prescrição médica, entendendo-se como prescrição não apenas os medicamentos, mas todos os demais cuidados ou providências recomendadas(11). Os fatores que dificultam a adesão podem estar relacionados ao paciente, à doença, à relação médico-paciente, ao esquema terapêutico e aos aspectos institucionais(4,7,10,12). O tratamento inadequado da HAS pode resultar da prescrição incorreta de anti-hipertensivos, no que se refere ao número insuficiente ou excessivo de tomadas, da associação inadequada de fármacos, da dificuldade de entendimento da prescrição por parte do paciente, entre outros(6,7,12). Neste trabalho, tivemos como objetivo avaliar o tratamento ambulatorial dos pacientes hipertensos atendidos em setor de emergência com crise hipertensiva. Casuística e métodos Trata-se de uma série de casos composta por 100 pacientes atendidos no setor de emergência cardiológica do Hospital Universitário Oswaldo Cruz da Universidade de Pernambuco (HUOC-UPE), com pressão arterial sistólica (PAS) entre 180 e 200 mmHg e pressão arterial diastólica (PAD) entre 110 e 120 mmHg, associado a sintomas. As condições clínicas caracterizadas como emergências (angina instável, infarto agudo do miocárdio, dissecção de aorta, encefalopatia hipertensiva etc.) foram excluídas do estudo. Na anamnese foram colhidos os dados relativos ao diagnóstico de HAS, tratamento farmacológico e não farmacológico. Foram aferidos o peso, a altura e os níveis tensionais com tensiômetro de coluna de mercúrio previamente calibrado e com tamanho do manguito adequado à circunferência do braço de cada paciente. A técnica de aferição da pressão arterial (PA) foi rigorosamente observada(13). A pressão arterial média (PAM) foi obtida através da seguinte fórmula: PAM = PAS + (2 x PAD)/3 e o índice de massa corpórea (IMC) através da fórmula: peso/altura2. As medidas não farmacológicas pesquisadas foram: dieta hipossódica, dieta hipocalórica realizada com o objetivo de reduzir o peso, prática de exercícios físicos numa freqüência igual ou superior a três vezes por semana e o tabagismo. Foram considerados aderentes ao tratamento medicamentoso, aqueles indivíduos que afirmavam usar a medicação anti-hipertensiva diariamente, inclusive nas 48 horas que antecederam o atendimento na emergência. A análise estatística foi feita através da média e desvio padrão para as variáveis contínuas e da freqüência e freqüência relativa para as variáveis categóricas. A comparação entre as freqüências das variáveis categóricas foi realizada pelo teste quiquadrado ou o teste exato de Fisher-Freeman-Halton e das variáveis contínuas pelo teste t de student. O nível de significância adotado em todos os testes foi 5%. O protocolo do estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa do referido hospital.
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